Estas terríveis imagens foram extraídas da pesquisa realizada pela Sociedade Humanitária dos Estados Unidos na Seaboard Foods, fazenda de criação intensiva de suínos em Goodwell, Oklahoma, e fornecedor da maior rede de supermercados dos Estados Unidos, o Walmart.
Foto: Reprodução/Green Me |
Justamente por causa dessas declarações contraditórias, dos atos ilícitos e da falta de qualquer prática preocupada com o bem-estar animal – a começar pelo fato de ser uma empresa que cria e confina animais para o consumo -, a associação animalista apresentou uma reclamação formal à Comissão de Seguridade e Câmbio e à Comissão Federal do Comércio contra a Seaboard Corporation.
“Tentamos por mais de um ano entrar em contato com a empresa para exprimir a nossa preocupação com os animais”- explica Peter Brandt ao Huffington Post – “mas eles sempre se recusaram a responder”.
Segundo a porta-voz da Sociedade Humanitária dos EUA, Dianna Gee, a rede WalMart afirmou que tomará as medidas necessárias e que a Seaboard Foods é um dentre os cerca de 100 fornecedores de carne de porco, mas oferece apenas uma pequena porcentagem ao supermercado.
A trágica situação dos porcos não é um evento raro. Diariamente, milhares, milhões de suínos de todo o mundo que vivem em fazendas de criação intensiva são obrigados a ficar presos dentro de jaulas superlotadas, privados da mínima liberdade de movimento, impedidos de expressar seus instintos afetivos e sexuais, alimentados com uma dieta inadequada, forçados a respirar um ar saturado de substâncias químicas danosas e pobre de oxigênio e sujeitos a constantes aplicações de antibióticos e hormônios e a uma iluminação ininterrupta que os impede de dormir.
Os animais assim explorados manifestam graves patologias orgânicas e psicológicas, que os tornam inclusive agressivos. Para resolver o problema, cauda e testículos são cortados. Por isso, e até para evitar que se tornem agressivos, os filhotes são rapidamente castrados, não por expertos mas por simples funcionários que sequer recorrem à anestesia.
Estes animais viverão o resto de suas vidas sofridas em um box de cimento, dentro de galpões junto a outros 10 ou 15 porcos. No verão o calor se torna insuportável, assim como o mau cheiro decorrente da urina e das fezes. Quando chega o momento do abate, os pobres animais são primeiro atordoados e depois mortos. Mas ninguém, na verdade, verificará se eles estão de fato inconscientes, nem antes de jogá-los em um banho com água fervente.
A situação não melhora para as fêmeas reprodutoras, que vivem apenas dois anos, enquanto na natureza viveriam 18. Após a fertilização, elas são colocadas em pequenas gaiolas de ferro, como as mostradas no vídeo, que as impedem de executar qualquer movimento. Poucos dias antes do parto, a porca é transferida para uma sala onde é envolta por tubos e apenas a parte inferior do corpo fica livre. Após 40 a 50 dias, os filhotes são levados para outro box e as fêmeas recomeçam o ciclo gestacional.
O vídeo investigativo pode ser visto a seguir (alerta: cenas de extrema violência e sofrimento). As imagens fortes a seguir devem ser vistas principalmente por quem ainda consome carne:
Estas são as fazendas de criação intensiva: lugares cruéis, altamente infectos e desnecessários.
A única maneira de evitar é deixar de comer carne animal. Salvar estes pobres animais só depende de nós mesmos.
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