"Doer, dói sempre. Só não dói depois de morto. Porque a vida toda é um doer."
Rachel de Queiroz
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
" Eu só sei ser de você. Só sei gostar do teu sorriso. Só sei achar bonito teus olhos olhando pra mim ou ficando pequenininhos com a tua risada. Só sei querer mais do teu abraço. Só sei respirar o teu cheiro e reconhecer o teu perfume. Só sei encaixar minha cabeça em teu ombro e deitar em teu peito. E o meu silêncio só sabe ser alto quando faz companhia para o teu. Só sei segurar a tua mão, e enlaçar teus dedos nos meus. Feito laço. Só sei desejar o teu beijo antes de dormir. E pedir à Deus que te guarde para mim. Meu coração só saber ser feliz sabendo-se teu. É que eu só sei ser de você, amor. Só de você."
Plenitude.
Plenitude.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
domingo, 27 de outubro de 2013
Caio Fernando Abreu
sábado, 26 de outubro de 2013
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Um boteco, uma cadeira vazia a tua espera, e um café morno e doce. Eu e a minha ansiedade descontrolada. Eu e a nossa saudade descontrolada . Mente vazia e coração cheio. Lábios secos.
Um olhar longe. Não tão longe da porta, pois tu poderia chegar a qualquer momento trazendo alegria intensa. Tempo ameno. Coração ameno. Vida mais ou menos.
Cadê tu ? Meus olhos já estão cansados de procurar alguém que não vai chegar. Eu sei que tu não virá, mas meu coração ameno, está ficando quente por ti. E o frio está se espalhando pelo meu corpo. Coração quente e corpo vazio. E o tempo continua ameno e tu não chega. Mais cinco minutos e eu vou embora daqui e não volto mais. E repetia o ‘’nunca mais’’ um milhão de vezes. Dizia isso pra mim baixinho, mas com a intenção que tu ouvisse e viesse correndo pra cá, por medo que eu fosse embora de verdade mesmo, mas tu não chegou. Passou-se o cinco minutos e eu te dei mais 10 minutos de tolerância. Eu não queria ir embora. Eu queria que tu viesse me ver e falasse que sentiu a minha falta como jamais ousou sentir de outra.
Mas tu não vieste e eu tive que ir embora, mesmo não querendo. E eu me lembrei de uma frase que tu me disseste um dia desses aí : ’’deixa voar, se voltar, é teu’’. E tu não voltou, tu não veio, tu não apareceu. Vai ver, tu nunca fostes meu.
-Stéphanie
Um olhar longe. Não tão longe da porta, pois tu poderia chegar a qualquer momento trazendo alegria intensa. Tempo ameno. Coração ameno. Vida mais ou menos.
Cadê tu ? Meus olhos já estão cansados de procurar alguém que não vai chegar. Eu sei que tu não virá, mas meu coração ameno, está ficando quente por ti. E o frio está se espalhando pelo meu corpo. Coração quente e corpo vazio. E o tempo continua ameno e tu não chega. Mais cinco minutos e eu vou embora daqui e não volto mais. E repetia o ‘’nunca mais’’ um milhão de vezes. Dizia isso pra mim baixinho, mas com a intenção que tu ouvisse e viesse correndo pra cá, por medo que eu fosse embora de verdade mesmo, mas tu não chegou. Passou-se o cinco minutos e eu te dei mais 10 minutos de tolerância. Eu não queria ir embora. Eu queria que tu viesse me ver e falasse que sentiu a minha falta como jamais ousou sentir de outra.
Mas tu não vieste e eu tive que ir embora, mesmo não querendo. E eu me lembrei de uma frase que tu me disseste um dia desses aí : ’’deixa voar, se voltar, é teu’’. E tu não voltou, tu não veio, tu não apareceu. Vai ver, tu nunca fostes meu.
-Stéphanie
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
"Outro dia tentei chorar. Outro dia tentei abraçar meu travesseiro. Não acontece nada. Eu não consigo sofrer porque sofrer seria menos do que isso que sinto. Tentei falar. Convidei uma amiga pra jantar e tentei falar. Fiquei rouca, enjoada, até que a voz foi embora. Tentei aceitar o abraço da minha amiga, mas minha mão não conseguiu tocar nas costas dela. Não consigo ficar triste porque ficar triste é menos do que eu estou. Não consigo aceitar nenhum tipo de amor porque nenhum tipo de amor me parece do tamanho do buraco que eu me tornei."
Tati Bernard
sábado, 19 de outubro de 2013
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
"Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso… que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo. Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo. Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração."
Marla de Queiroz.
Marla de Queiroz.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
"Portanto, agora, ali estava eu. Sentado ouvindo a chuva. Se eu morresse agora, ninguém verteria uma lágrima em todo o mundo. Não que precisasse disso. Mas era estranho. Até onde um trouxa pode ficar solitário? Mas o mundo estava cheio de velhos rabugentos como eu. Sentados ouvindo a chuva e pensando para onde foi todo mundo. Aí é que a gente sabe que está velho, quando fica pensando para onde foi todo mundo."
Charles Bukowski
Charles Bukowski
domingo, 13 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Se não chover nem ventar,
se a lua e o sol forem limpos
e houver festa pelo mar,
- ir-te-ei visitar.
Se o chão se cobrir de flor,
e o endereço estiver claro,
e o mundo livre de dor,
- ir-te-ei ver, amor.
Se o tempo não tiver fim,
se a terra e o céu se encontrarem
à porta do teu jardim
- espera por mim.
Cantarei minha canção
com violas de eternamente
que são de alma e em alma estão.
- De outro modo, não.
Cecília Meireles
se a lua e o sol forem limpos
e houver festa pelo mar,
- ir-te-ei visitar.
Se o chão se cobrir de flor,
e o endereço estiver claro,
e o mundo livre de dor,
- ir-te-ei ver, amor.
Se o tempo não tiver fim,
se a terra e o céu se encontrarem
à porta do teu jardim
- espera por mim.
Cantarei minha canção
com violas de eternamente
que são de alma e em alma estão.
- De outro modo, não.
Cecília Meireles
terça-feira, 8 de outubro de 2013
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim.
Caio Fernando Abreu
Caio Fernando Abreu
domingo, 6 de outubro de 2013
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
"Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso frequento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias: preciso de todos. Sim, meu coração é muito pequeno. Só agora vejo que nele não cabem os homens. Os homens estão cá fora, estão na rua. A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava. Mas também a rua não cabe todos os homens. A rua é menor que o mundo. O mundo é grande… Tu sabes como é grande o mundo. Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão. Viste as diferentes cores dos homens, as diferentes dores dos homens, sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso num só peito de homem sem que ele estale. Fecha os olhos e esquece. Escuta a água nos vidros, tão calma, não anuncia nada. Entretanto escorre nas mãos, tão calma! Vai inundando tudo… Renascerão as cidades submersas? Os homens submersos – voltarão? Meu coração não sabe. Estúpido, ridículo e frágil é meu coração. Só agora descubro como é triste ignorar certas coisas (na solidão de indivíduo desaprendi a linguagem com que homens se comunicam). Outrora escutei os anjos, as sonatas, os poemas, as confissões patéticas. Nunca escutei voz de gente. Em verdade sou muito pobre. Outrora viajei países imaginários, fáceis de habitar, ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio. Meus amigos foram às ilhas. Ilhas perdem o homem. Entretanto alguns se salvaram e trouxeram a notícia de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias, entre o fogo e o amor. Então, meu coração também pode crescer. Entre o amor e o fogo, entre a vida e o fogo, meu coração cresce dez metros e explode. – Ó vida futura! Nós te criaremos" -
Carlos Drummond de Andrade.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
" Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
Sempre longe.
E dentro de tudo".
Cecília Meireles
Cecília Meireles
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
"A gente sempre precisa ver o mundo por outro ângulo. Assistir ao que ainda não se passa na televisão e enxergar atrás das muralhas que se estendem para ocultar a verdade. Precisamos admirar o abstrato e ver até mesmo onde vista não alcança. Se não o fizermos, o mundo perderá a cor. E a cegueira a que me refiro é aquela que tapa os olhos da alma, nos impedindo de ver a sujeira se acumulando entre as lacunas da vida. Somos sempre abençoados com o dom da visão, mesmo que este sentido não esteja literalmente conectado aos planetas que orbitamos nos olhos. Algumas pessoas enxergam o mundo através da escrita, observando os cosmos do universo entre suas metáforas. Outras o vêem pelo reflexo dos espelhos, juntando o incompleto e acertando-se entre os seus erros. Músicos observam o mundo sob suas partituras, matemáticos entre incógnitas impossíveis e todos nós pelo amor. A maneira como todos enxergamos o mundo em frente aos nossos olhos é o que nos faz autênticos. Só é cego quem não conseguem sentir e admirar as coisas com a alma. Pois a pupila é a nossa verdadeira identidade."
—Unirversos
—Unirversos
terça-feira, 1 de outubro de 2013
"Talvez você não acredite, mas há pessoas que passam a vida sem o menor atrito ou agonia. Eles se vestem bem, comem bem, dormem bem, estão satisfeitos com a vida em família. Eles têm momentos de melancolia. Mas, no geral, não são incomodados e, frequentemente, sentem-se muito bem quando morrem. É uma morte fácil. Geralmente, dormem. Talvez você não acredite, porém essas pessoas existem. Mas eu não sou uma delas. Ah não, eu não sou uma delas. Eu nem chego perto de ser uma delas. Mas elas estão lá e eu estou cá!"
Charles Bukowski
Charles Bukowski
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